sábado, 27 de agosto de 2011

Cleaning mood

Dilacerante é a contemporaneidade do sentimento. Ele sozinho e sua vida própria que permanecem. A lágrima que passeia por partes de mim, ela não é minha. Eu por mim comigo mesma já superei. O peso da saudade, independe da vontade, não tem nada a ver comigo. Todo filme , toda música, tudo isso, não me comove mais. Já passou! Qualquer melancolia silenciosamente intensa,não fui eu que escolhi. Todos aqueles suspiros em forma de pretérito mais que perfeito de quem deras, já foi e por isso não é mais.
Sua sombra em mim e tudo mais que você esqueceu de levar, vem buscar. Tá sem utilidade aqui. Entende que em cada fim recomeço. A quem me empurra pra frente agradeço. To sorrindo em cada tropeço.Coisa que me pertence é levantar dessa preguiça. Desse acomodar injusto próprio do medo de se mexer e de descobrir que é melhor.Abrir a janela, bater a poeira. Isso sim é meu. É meu varrer pra fora do meu canto o que não me pertence mais. Esses (ex)tratos que só maltratam. Lixo! O resto , o que sobra, fica sendo saudade existindo mansa, quietinha, como toda saudade deveria de ser.Não carece de sofrer. Vai chegar o dia ensolarado. Vai chegar o tal dia da faxina e eu vou me livrar de tudo isso que insiste mesmo não sendo do meu consentimento.