domingo, 15 de maio de 2016

Manifesto

Do ódio, eu poderia falar muito. Dessa hiprocrisia cega e démodée, do barulho das panelas sujas de ambição, dos homens que sonham pequeno e tomam direitos e roubam e riem. Mas eu gosto muito da cor de quando a gente fecha olho de cara pro sol, é um quase laranja e é sempre quente a sensação, é de paz. Eu também gosto de criança começando a andar e dos reencontros com amigos antigos. Das trocas de energias boas dos abraços, e dos beijos. Do prazer do toque. Também do olhar dos animais, dessa sabedoria sem palavras. Às vezes é melhor calar. Gosto muito da rebeldia dos adolescentes, nunca sem causa. E adoro a incansável cor vermelha que se derrama em luta e que resistirá.