sábado, 9 de novembro de 2013

Dis(léxico)

agradeça.
o que tá sendo sua rotina
agora
não será para sempre.
sossega, o mundo dá uma volta só,
como diria mamãe, sábia.
pode ficar muito triste, sim.
pode inundar travesseiros,
esvaziar copos,
maldizer tudo, não mudará.
então, de que vale?
sai de saia rodada debaixo do sol, menina.
essa é a aliteração que te dou.
e esquece.
pega o que te faz bem e o resto solta no primeiro
vendaval.
o que cada um pensa, a mentira que vivem,
a amizade dissimulada, a loucura consentida.
deixa pra quem quer.
e vive.
porque a fé não falha e não falta.
justiça também não.
agradeça.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

poema pequeninho

primeira primavera da
olívia
a obra-prima
princesa
pequena
faz flor.
logo após seus
primeiros passos, a
olívia
faz poesia,
a principal ,
o príncipio.
no parabéns da
olívia
é pique!
é pique!
e o presente
é ela.

ºco-autoria: Didi.
muito obrigada minha irmã,
para você -também tia - uma festa

domingo, 18 de agosto de 2013

Haikai do amor


Amor-tece-dor!
Transform-a-dor,
desat-a-dor.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Fumée

Mon toi,
J'ai besoin de te dire, tu sais?
Je fume, fumée, fumée.
Je me souviens toujours et la douleur...
Reviens, viens ici!
Il devrait être nous deux,
tout le reste est très lent
sans toi.
Larmes sans lunettes,
peur.
Ne bouges pas, je suis ta place
ton whisky, ta chaussure,
ta cigarette, tout se tient ici.
Je vais te faire des déclarations
tous le jours
des chanson.
Cœur.
C'est difficile sans toi,
mon lit devient le fond de la mer,
je ne peux pas m'enivrer
ou dormir...
Je ne suis pas disponible!
Toujours absence,
toujours pas toi.
Si tu n'es pas là,
moi non plus.
Et tout cet amour, mon amour?
J'ai besoin de dire, tu sais?
Je fume, fumée, fumée ...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Fado

Eu estou quase desenhando um poema
quase, ainda não.
Por vezes quando no vazio da mente
no ponteiro do relógio, degustamos
todas as saudades, às vezes a gente
nem quer mais conhecer ninguém.
Só às vezes...
Porque, verdade seja dita,
a saudade, tema cansado
dos poetas dos bares,
dos cantores das ruas,
dos artistas do mundo,
ela carrega em si
tanto pra nos mostrar que não temos
nada.
A saudade, pátria imaginária
onde nascem as canções e a tristeza
é meu único regresso.
A saudade me embala no seu colo quente
de boas lembranças, tudo passado.
É ela que me acorda pro gosto ruim
das perdas.
Entre a solidão dos ausentes
e o doce pavor pelos que virão
nada,
ou apenas,
o pressentimento
de um poema que estou prestes a pintar.
Ainda não.

ºCo-autoria: Ana Beatriz Rangel.
Muito obrigada minha amiga,
para você - artista - uma flor.
http://vermelholimao.blogspot.com.br/