sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mãezinha

Não há de sofrer a mãezinha,
das mãos que tudo cura,
das mãos de veludo.

Se quiserem me trair, que traiam!
Mas não a mãezinha,
porque a mãezinha tem que se
pegar no colo e cantar canções de ninar,
para que durma o sono justo de
tantas noites mal dormidas.

Se quiserem todas as infelicidades,
todas as injustiças, que as tenham que
as cometam!
Mas não façam mal a mãezinha.
Porque a mãezinha quando chora
- por cumplicidade e lealdade -
a natureza chora chuva forte.

Se quiserem gritar, que gritem!
Mas jamais com a mãezinha,
porque a mãezinha é anjo caido
que não reclama.

A mãezinha é diminutivo na palavra,
mas aumentativo na vida de todos
seus filhos. Das figuras é hipérbole!

Eu, dos filhos o mais egoísta,
creio que pecado é mãezinha recuperar
as asas e voar para longe...

2 comentários:

Li disse...

Que lindo!
Super presente pra dar no Dia das Mães, né?
Heheheeheh =)

tati disse...

Meu, essa poesia ficou linda demais!!!